Quase lá: Fórum Permanente para mulheres quilombolas marca ações do MMulheres no Novembro Negro

Parceria com movimentos de mulheres quilombolas tem como objetivo estabelecer diálogos para o enfrentamento da misoginia e do racismo

Ministério das Mulheres 
Publicado em 20/11/2023 21h25

O Ministério das Mulheres, em parceria com o Ministério da Igualdade Racial, preparou um conjunto de ações para enfrentar o racismo no Brasil, especialmente contra as mulheres negras. Os esforços vão desde o incentivo à pesquisa a ações de combate à violência contra as mulheres quilombolas. Também será instalado, nos próximos dias, um fórum nacional voltado à elaboração de políticas públicas para as mulheres do movimento Hip-Hop.

“Precisamos não apenas celebrar a data, mas garantir que a população negra tenha visibilidade, reconhecimento e acesso a todos os espaços da sociedade. É nosso dever e é prioridade do Governo Federal acabar com o racismo e a misoginia no país, assegurando que todas e todos tenham uma vida digna”, afirma a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, referindo-se ao Dia da Consciência Negra, celebrado neste 20 de novembro.

Entre as iniciativas, está uma portaria ministerial que institui o Fórum Nacional Permanente para Diálogo da Promoção de Estratégias de Fortalecimento de Políticas Públicas para as Mulheres Quilombolas. O espaço é destinado a estabelecer o diálogo, promovendo o amplo debate sobre as desigualdades e desafios enfrentados pelas mulheres quilombolas, além de evidenciar os diversos tipos de violência que afetam essas mulheres em seus territórios para que, a partir da formulação de políticas públicas focadas nas especificidades dessa parcela da população, possamos superar todas as desigualdades de raça e gênero.

O Fórum tem caráter consultivo e é presidido pela ministra Cida Gonçalves, com participação da Secretaria Nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política (SENATP/MMulheres); Secretaria Nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados (SENAEC/MMulheres); Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres (SENEV/MMulheres); Ministério da Igualdade Racial, Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Ministério dos Povos Indígenas e Ministério do Meio Ambiente e Mudança de Clima; além de representantes dos movimentos de mulheres quilombolas.

Esse espaço é o reconhecimento da necessidade de políticas públicas e ações formuladas a partir do acúmulo de experiência e de luta das mulheres quilombolas organizadas pelo fim do racismo e da misoginia, com a contribuição de especialistas e técnicos de órgãos e entidades, públicos e privados, para estabelecer as estratégias de atuação do governo na defesa da vida das mulheres quilombolas, proteção dos seus territórios, cultura e crenças.

Incentivo à pesquisa

O Ministério das Mulheres também investiu recursos para o Programa Beatriz Nascimento, que vai destinar bolsas de doutorado-sanduíche e pós-doutorado no exterior para mulheres negras, ciganas, quilombolas e indígenas. O edital é uma parceria do Ministério da Igualdade Racial com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Ministério das Mulheres e Ministério dos Povos Indígenas e soma o investimento de R$ 6 milhões, sendo R$ 1 milhão do MMulheres. A chamada tem o objetivo de expandir a trajetória acadêmica das mulheres negras, indígenas, quilombolas e ciganas a partir da ampliação do acesso a bolsas, além de contribuir para a cooperação com centros de pesquisa e universidades estrangeiras e promover a internacionalização e o desenvolvimento científico e tecnológico.

Programa Federal de Ações Afirmativas

O Programa Federal de Ações Afirmativas busca formular, promover, articular e monitorar políticas que garantam mais direitos e equiparação de oportunidades para mulheres e pessoas negras, quilombolas, indígenas ou com deficiência, levando em consideração suas especificidades e sua diversidade.

Com um investimento de R$ 9 milhões e tendo a transversalidade, a interseccionalidade e a intersetorialidade como princípios, o PFAA pretende desenvolver mecanismos que garantam a transparência, a participação, o controle social, a gestão, o acompanhamento, o monitoramento e a avaliação de políticas afirmativas.

Esta é uma iniciativa da Secretaria de Políticas e Ações Afirmativas, Combate e Superação ao Racismo (Separ/MIR) junto ao Ministério das Mulheres, Ministério da Gestão e da Inovação (MGI), Ministério dos Povos Indígenas (MPI), e Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).

fonte: https://www.gov.br/mulheres/pt-br/central-de-conteudos/noticias/2023/novembro/forum-permanente-para-mulheres-quilombolas-marca-acoes-do-mmulheres-no-novembro-negro

 


Artigos do CFEMEA

Coloque seu email em nossa lista

lia zanotta4
CLIQUE E LEIA:

Lia Zanotta

A maternidade desejada é a única possibilidade de aquietar corações e mentes. A maternidade desejada depende de circunstâncias e momentos e se dá entre possibilidades e impossibilidades. Como num mundo onde se afirmam a igualdade de direitos de gênero e raça quer-se impor a maternidade obrigatória às mulheres?

ivone gebara religiosas pelos direitos

Nesses tempos de mares conturbados não há calmaria, não há possibilidade de se esconder dos conflitos, de não cair nos abismos das acusações e divisões sobretudo frente a certos problemas que a vida insiste em nos apresentar. O diálogo, a compreensão mútua, a solidariedade real, o amor ao próximo correm o risco de se tornarem palavras vazias sobretudo na boca dos que se julgam seus representantes.

Violência contra as mulheres em dados

Cfemea Perfil Parlamentar

Direitos Sexuais e Reprodutivos

logo ulf4

Logomarca NPNM

Cfemea Perfil Parlamentar

Informe sobre o monitoramento do Congresso Nacional maio-junho 2023

legalizar aborto

...