Quase lá: Estratégia de comunicação do Cfemea

cfemea33anosEste é o novo portal do Cfemea. Ele foi publicado antes mesmo de ter sido terminado. Mas esse é o plano. Sabe por quê? Nós estamos vendo o portal do Cfemea de outra forma. E, por isso, a ideia é essa. Nunca vamos terminar. O portal e todas as ferramentas de comunicação, de interação, de uso de redes sociais e gestão de conhecimento estarão sempre se modernizando, atualizando e sendo revistas em função dos usos que você, nós, faremos. Não queremos um portal institucional, feito para simplesmente passar uma boa impressão da entidade. Queremos algo novo, que incorpore o que fizemos e o que fomos, mas, ao mesmo tempo, seja dinâmico, atual, ligado no que está acontecendo e com perspectiva de futuro, para mudar a realidade e construir um mundo diferente. Nossa comunicação terá o desafio de superar uma visão arcaica e rígida, transformando a comunicação em elemento central (mesmo que não seja o único) da estratégia feminista, abraçada com o ativismo e nossa vontade de construir e fortalecer os feminismos críticos, de luta e com suas muitas e diferentes vozes, a polifonia dos feminismos antirracistas, antipatriarcais, indigenas, LBTQIA+, anticapacitistas, ecologistas. Não somos donas da verdade, mas fazemos parte dela, junto com outras que pensam igual, outras que pensam diferente, mas temos muito o que nos une na defesa dos direitos das mulheres, na busca por novos direitos, na construção de outra sociedade, sem exploração e exploradas, sem oprimidas, sem violência e com muita igualdade.

Nesta primeira fase do projeto do portal, nós estamos mudando radicalmente a concepção de produção e uso do portal. Atualizamos os programas básicos e migramos todo o conteúdo do portal antigo. Quem acessa por meio do celular vai ter como ler e participar de tudo. Estamos construindo o futuro sem deixar o passado de lado. Afinal, nesses 33 anos de existência, o Cfemea aprendeu com seus erros e acertos, evoluiu com o movimento feminista e com os feminismos. E queremos que você tenha acesso a tudo o que produzimos.

E é bom assinalar outra coisa aqui. Parece que o celular tem sido o instrumento principal de acesso na internet. É o que nos informam as pessoas que estudam as tecnologias da informação. Então, para facilitar a vida de quem acessa nosso portal por meio do celular, o novo formato de nossas páginas e dos serviços dará prioridade a facilitar o acesso via celular. Então, se você tiver alguma dificuldade em navegar no portal do Cfemea usando seu celular, nos conte sua experiência e vamos correndo ver como melhorar. Mande uma mensagem para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e nós te atenderemos com prioridade.

Voltando ao que estávamos te falando. Nosso portal na internet é um repositório de tudo o que o Cfemea já produziu. Contudo, é bem mais do que isso. Queremos dar visibilidade ao que nossas parceiras e parceiros estão fazendo, pensando e propondo. Vamos divulgar notícias e acontecimentos que interessam aos movimentos feministas e de mulheres. Assim como vamos difundir artigos, textos, matérias que nos ajudem a pensar e a problematizar questões que estaremos tratando na Universidade Livre Feminista e em outros espaços. Por isso, também vamos replicar notícias de interesse das feministas, para que possamos conhecer melhor a realidade que nos cerca visando a debater e a formular a crítica feminista. Iremos, aos poucos, adicionando a produção de outras feministas que quiserem compartilhar conosco ou que peçam para que nós abriguemos suas reflexões. Vamos ser um repositório, e também um espaço de reflexão e crítica. As entidades e coletivos parceiras poderão criar espaços em nossos servidores, manter suas páginas ou pedir para que abriguemos algum portal feminista.

Em um mundo controlado pelas grandes corporações e atolado em notícias falsas e manipulações diversas, ter uma referência de um portal onde se pode confiar é uma coisa valiosa e necessária. Já tem gente que faz isso, como a Agência Patrícia Galvão, a Revista Azmina, o Portal Catarinas e outras iniciativas importantes como OutrasPalavras, A Terra é Redonda ... Vamos apoiá-las e replicá-las com a vontade de multiplicar. Em breve, vamos ver como formar uma rede de feministas que queiram usar esse espaço, temos o sonho de criar uma rede de comunicadoras feministas populares e dar a essa rede o poder da fala, da crítica, da denúncia e do acalanto, do cuidado e do fortalecimento das feministas e dos feminismos.

Mas não é só uma questão de replicar ou reproduzir notícias. As notícias carregam pensamentos, olhares próprios, reflexões, visões de mundo. As notícias e artigos que iremos publicar também serão utilizados em processos de formação e estudos que continuaremos realizando por meio da Universidade Livre Feminista e com entidades e coletivas da Articulação de Mulheres Brasileiras e de outras redes feministas.

Vamos dar publicidade, na medida de nossas forças, a tudo o que os coletivos e as entidades feministas estiverem agendando: eventos, mobilizações, debates, publicações, cursos.

Tudo isso mantendo a coerência da relação com nosso modo de ver a realidade, a partir do sentido de mudança, transformação e revolução por um mundo de igualdade, de garantia de vida e direitos às mulheres, um mundo sem exploradores e exploradas, um mundo sem racismos, sem opressão e repleto de sentidos de liberdade e cuidado.

Concluída a primeira fase da instalação do novo portal, vamos corrigir os erros e defeitos que aparecerem, com ajuda das ativistas do Cfemea e de todas as que nos reportarem problemas na navegação ou uso. Vamos terminar as traduções dos softwares utilizados e passaremos todos os documentos que estão em páginas avulsas para a nova Biblioteca Feminista do Cfemea.

Nesse momento, vamos fazer oficinas para que as membras do Cfemea saibam usar as ferramentas do portal, para que elas mesmas possam postar notícias e artigos, possam contribuir com a Biblioteca, responder questões colocadas por nossas companheiras que passarem pelo portal, possam postar vídeos e muito, muito mais ...

Logo após concluirmos essa outra etapa do processo, além de incorporar ao portal ferramentas para solucionar problemas ou lacunas observadas, vamos conversar com nossas parceiras, com coletivos feministas e ativistas para saber se querem usar os nossos espaços virtuais para terem seus próprios Blogs. A ideia é destinar às feministas, organizadas ou não em coletivas, os meios para que possam divulgar e debater suas ideias.

A cada passo que formos dando, é claro que vamos refletir sobre os erros e acertos e sobre as críticas que aparecerem, para melhorar, corrigir rumos e incorporar novos desafios. Essa instância da realidade, que é a internet e o mundo virtual, está em contínua transformação. Quase sempre as mudanças não servem aos nossos interesses de liberdade, democracia e autonomia. Vamos acompanhar sempre, de perto, o que está acontecendo nos sentidos e ferramentas de comunicação e interação das redes sociais, das que existem hoje e das que vão aparecer nos próximos anos.

Nossa proposta é de horizontalidade, participação, renovação e movimento ... não é uma estratégia fácil, temos que mudar velhos hábitos e desejos de controle que se arraigaram em nossas estruturas. Convidamos você a vir com a gente e nos ajudar a dar a esse processo um sentido revolucionário, libertário e de transformação.

 

Equipe Cfemea

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24 de agosto de 2022 (atualizado em 11 de janeiro de 2023)


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