Quase lá: Esclerose Múltipla afeta cerca de 40 mil brasileiros, principalmente mulheres e jovens

 

Campanha Agosto Laranja incentiva a promoção de escuta, acolhimento e qualidade de vida para pessoas que convivem com a doença
 
 
Por
Duda Romagna
Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
 

A esclerose múltipla atinge o sistema nervoso central. Foto: Anna Shvets/Pexels

Neste 30 de agosto é celebrado o Dia de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla (EM), parte da campanha Agosto Laranja, que incentiva a promoção de escuta, acolhimento e qualidade de vida para pessoas que convivem com a doença. Segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), 40 mil pessoas possuem o diagnóstico no país, incluindo as atrizes Guta Stresser, Ana Beatriz Nogueira, Ludmila Dayer e Cláudia Rodrigues, que compartilham suas vivências nas redes sociais. 

 

A esclerose múltipla é uma doença neurológica degenerativa, crônica e autoimune, quando as células de defesa atacam o sistema nervoso, causando lesões cerebrais e medulares. Este tipo de esclerose se difere da Lateral Amiotrófica (ELA) e afeta o sistema nervoso central, prejudicando a comunicação entre o cérebro, a medula e o corpo e pode levar a problemas de equilíbrio, visão e sensibilidade. 

Na maioria dos casos, a esclerose afeta adultos jovens de 20 a 40 anos e predomina no sexo feminino, com um índice de três casos em mulheres para cada um em homens, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, ainda não há uma cura, mas o acompanhamento médico pode controlar sintomas. 

Segundo o neurologista Jefferson Becker, coordenador do Comitê Brasileiro de Tratamento e Pesquisa em EM, a gama de medicamentos para tratar a doença aumentou muito nos últimos anos, porém ainda são de difícil acesso. Ele afirma que pacientes têm pedidos negados pela Secretaria Estadual de Saúde e pela Justiça. “Ter dois surtos por ano (o que é comum na conjuntura hoje posta) é inadmissível, pois vai acumulando incapacidades enquanto podemos oferecer tratamento”, relata. 

O médico esteve presente em uma audiência que aconteceu na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS), promovida pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente, por iniciativa do deputado Valdeci Oliveira (PT). O evento contou com a exibição do curta-metragem “Esclerosada não é a avó”, que retrata a vida de quatro mulheres que convivem com a doença, entre elas as realizadoras da obra, as jornalistas Erenice de Oliveira e Márcia Denardin.

“Não somos um rótulo, uma estatística. Temos identidade e importância para as pessoas que nos rodeiam. Muitas vezes, não podemos fazer coisas simples como lavar a louça ou varrer, mas somos capazes de fazer outras coisas”, diz Márcia.

Já o defensor público Tiago Rodrigo dos Santos, que também é paciente, defendeu a criação de centros especializados em neurologia e atendimento de pacientes com EM. “Todo atraso pode ocasionar em uma lesão no cérebro e levar à dependência (da pessoa acometida) de parentes ou cuidadores. E isso não é bom para ninguém, nem para as famílias nem para o próprio estado (em termos de custos)”.

No último dia 7, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a incorporação de um novo medicamento, o Ofatumumabe, para tratamento da esclerose em adultos ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, com efeito a partir de setembro. O canabidiol (CBD), substância encontrada na cannabis, também é uma alternativa para o tratamento, mas a regulamentação do seu uso ainda esbarra em limites burocráticos.

fonte: https://sul21.com.br/noticias/saude/2023/08/esclerose-multipla-afeta-cerca-de-40-mil-brasileiros-principalmente-mulheres-e-jovens/

 


Artigos do CFEMEA

Coloque seu email em nossa lista

lia zanotta4
CLIQUE E LEIA:

Lia Zanotta

A maternidade desejada é a única possibilidade de aquietar corações e mentes. A maternidade desejada depende de circunstâncias e momentos e se dá entre possibilidades e impossibilidades. Como num mundo onde se afirmam a igualdade de direitos de gênero e raça quer-se impor a maternidade obrigatória às mulheres?

ivone gebara religiosas pelos direitos

Nesses tempos de mares conturbados não há calmaria, não há possibilidade de se esconder dos conflitos, de não cair nos abismos das acusações e divisões sobretudo frente a certos problemas que a vida insiste em nos apresentar. O diálogo, a compreensão mútua, a solidariedade real, o amor ao próximo correm o risco de se tornarem palavras vazias sobretudo na boca dos que se julgam seus representantes.

Violência contra as mulheres em dados

Cfemea Perfil Parlamentar

Direitos Sexuais e Reprodutivos

logo ulf4

Logomarca NPNM

Cfemea Perfil Parlamentar

Informe sobre o monitoramento do Congresso Nacional maio-junho 2023

legalizar aborto

...