Quase lá: Empoderadas e multiplicadoras: conheça projeto que forma meninas desenvolvedoras

Meninas de oito a 18 anos criam apps que ajudam a solucionar problemas da comunidade; projeto de extensão da USP já teve cinco edições

Jornal da USP - 17/07/2023

80% das participantes do Technovation Summer School For Girls vêm de escolas públicas - Foto: Reprodução

 

Em sua quinta edição, a Technovation Summer School for Girls (TechSchool), projeto de extensão do Instituto de Ciências Matemática e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos, apoiou 75 meninas de oito a 18 anos no desafio de contextualizar e desenvolver aplicativos móveis que ajudem a solucionar problemas de suas comunidades. As meninas vêm de todo o Brasil e majoritariamente de escolas públicas – 80% delas estavam matriculadas em alguma rede pública no primeiro semestre. 

Com duração de dois meses, a TechSchool aplica métodos inovadores e orienta as meninas na criação de competências para identificar problemas, propor soluções e desenvolver seus apps. As participantes da escola de verão são estimuladas a levarem suas ideias para a Technovation Girls, competição global de tecnologia para alunas do ensino fundamental e médio. Em 2021, uma equipe participante do projeto conquistou na competição internacional o primeiro lugar na modalidade júnior da regional da América Latina. Desde que foi criada, a TechSchool já impactou mais de 450 meninas.

Coordenadora do projeto, a professora Kalinka Castelo explica a importância de oferecer uma formação exclusiva para meninas e crianças e jovens que se identificam com o gênero feminino. “As meninas precisam de um momento onde elas possam se sentir empoderadas, possam saber que elas podem falar, que elas têm voz, que elas pensam e que elas podem fazer as coisas por elas mesmas”, diz Kalinka, que é docente do ICMC e pesquisadora principal do Centro de Ciências Aplicadas à Indústria (CEPID-CeMEAI). Segundo Kalinka, a oportunidade proporcionada pelo projeto tem impactos positivos até mesmo sobre suas escolas, pois as meninas se tornam multiplicadoras dos novos conhecimentos. “A gente viu meninas que passaram a replicar na própria escola pública o que elas aprenderam. Elas estão ministrando curso lá do que elas aprenderam na TechSchool”, conta a coordenadora da iniciativa, cujo curriculum é seguido do Technovation Challengeum evento internacional.

Kalinka Castelo Branco coordena a TechSchool for Girls - Foto: ICMC / USP

Aplicando métodos inovadores e criando competências para que as participantes possam contextualizar e desenvolver aplicativos móveis (apps) que ajudem a solucionar problemas da comunidade, a TechSchool tem coordenação de Kalinka Castelo, professora da USP em São Carlos e pesquisadora principal do CEPID-CeMEAI, um forte apoiador do projeto. Nesta entrevista, Kalinka falou sobre a importância do trabalho realizado por ela de forma voluntária, dentro dos cursos de extensão do ICMC.

Doadores Valentes

No encerramento desta edição, as participantes da TechSchool apresentaram em uma live no YouTube os trabalhos desenvolvidos em grupos ao longo do curso. Os melhores apps desenvolvidos nas categorias iniciante, sênior e júnior foram premiados. O trabalho vencedor da categoria Sênior e denominado Doadores Valentes, já ganhou inúmeras reportagens pelo país por sua relevância social. 

Desenvolvido por alunas do Distrito Federal, Bahia, Roraima e Maranhão, o app incentiva a doação de sangue por meio de gamificação, usando elementos de jogos e pontos para atingir o objetivo. “A ideia é tornar a experiência de doação de sangue divertida, desafiadora e gratificante para os usuários, por meio de gamificação e recursos exclusivos, como informações sobre o processo de doação, mapa, calendário, ranking, quiz de perguntas e outras funcionalidades”, disse Nathalia Macena, uma das integrantes do grupo que desenvolveu o app. 

Aplicativo criado por participantes do Technovation Summer School for Girls, no campus São Carlos da USP, está em desenvolvimento - Imagem: Repordução/Instagram

A TechSchool é a principal atividade do Grupo de Alunas de Ciências Exatas (GRACE), que reúne estudantes e docentes do ICMC com o compromisso de apoiar mulheres para que se tornem protagonistas na produção de conhecimento científico e tecnológico. O grupo começou em 2018 e seu nome homenageia Grace Hopper, analista de sistemas norte-americana que revolucionou a computação em meados do século 20. 

Saiba mais sobre a Technovation Summer School for Girls pelo site do projeto do extensão ou entre em contato pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. 

 

*Com reportagem de Raquel Vieira, assessora de comunicação do CeMEAI

fonte: https://jornal.usp.br/diversidade/empoderadas-e-multiplicadoras-conheca-projeto-que-forma-meninas-desenvolvedoras/

 


Artigos do CFEMEA

Coloque seu email em nossa lista

lia zanotta4
CLIQUE E LEIA:

Lia Zanotta

A maternidade desejada é a única possibilidade de aquietar corações e mentes. A maternidade desejada depende de circunstâncias e momentos e se dá entre possibilidades e impossibilidades. Como num mundo onde se afirmam a igualdade de direitos de gênero e raça quer-se impor a maternidade obrigatória às mulheres?

ivone gebara religiosas pelos direitos

Nesses tempos de mares conturbados não há calmaria, não há possibilidade de se esconder dos conflitos, de não cair nos abismos das acusações e divisões sobretudo frente a certos problemas que a vida insiste em nos apresentar. O diálogo, a compreensão mútua, a solidariedade real, o amor ao próximo correm o risco de se tornarem palavras vazias sobretudo na boca dos que se julgam seus representantes.

Violência contra as mulheres em dados

Cfemea Perfil Parlamentar

Direitos Sexuais e Reprodutivos

logo ulf4

Logomarca NPNM

Cfemea Perfil Parlamentar

Informe sobre o monitoramento do Congresso Nacional maio-junho 2023

legalizar aborto

...