Com linguagem acolhedora e acessível, web aplicativo é voltado ao público infanto-juvenil; material é dividido por faixa etária e estimula educação científica
Estudantes de graduação do curso de Biologia da USP desenvolveram uma plataforma digital de educação sexual. O Papilo pode ser acessado por computador e celular, neste link. Por ser responsivo, não é necessário instalar nenhum software.
Dividido em quatro seções, o portal aborda diversas temáticas sobre educação sexual, tendo crianças (a partir de 7 anos) e adolescentes (até 18 anos) como principal público-alvo. O material informativo apresenta conteúdos exclusivos e adota linguagens distintas, de acordo com a faixa etária. O projeto gerou, ainda, uma cartilha educacional sobre abuso sexual, que pode ser vista e baixada pela plataforma ou diretamente neste link. Todas as informações são baseadas e indicam fontes acadêmicas.
Ana Cristina, Nicole Correia, Donna Joe e Victória Sousa integram a equipe atual do projeto - Fotomontagem: Arquivo pessoal / reprodução Papilo
Ana Cristina Almeida da Silva, aluna de graduação em Ciências Biológicas, explica que o Papilo foi pensado, inicialmente, para ser um trabalho da disciplina “Introdução ao Ensino de Biologia”, que as estudantes tiveram no curso. “E logo despertou na equipe o desejo de que transcendesse a disciplina, tornando-se efetivamente uma plataforma de livre acesso para o público”, diz. Além dela, as alunas Donna Joe Farfan Hilares, Nicole Correia de Barros e Victória Pereira Leite de Sousa integram a equipe.
“Educação sexual é central na formação dos cidadãos, devendo ser abordada em diferentes idades, com responsabilidade e sensibilidade”, afirma Suzana Ursi, professora de Botânica do Instituto de Biociências (IB) da USP, diretora do Parque Cientec e coordenadora do projeto. Segundo Suzana, é necessário ampliar o acesso a esse tema de maneira tecnicamente correta e informando sobre aspectos biológicos. “Mas, também considerando as perspectivas sociais e subjetivas que o tema exige, em abordagens mais sensíveis e inclusivas”, reforça.
“Também realizamos diálogos com profissionais que atuam na educação básica, visando ampliar nossa visão sobre a abordagem do tema, especialmente para os mais jovens”, conta Ana.
Suzana Ursi é professora do IB e diretora do Parque Cientec, da USP - Foto: Arquivo pessoal