Quase lá: Na ONU, ministro buscará reposicionamento do conceito de direitos humanos

Será a primeira participação internacional do ministro do Direitos Humanos, Silvio Almeida, em um evento. A expectativa é de reposicionar o Brasil no tema, levar uma agenda em que os povos indígenas serão prioridade e contribuir efetivamente para o Conselho da ONU. Participação brasileira terá, de forma inédita, fala de secretária nacional dos direitos LGBTQIA+

 

Tainá Andrade
postado em 26/02/2023 21:32 / Correio Braziliense
Almeida discursará nesta segunda (27/02), em Genebra, na Suíça -  (crédito: Evaristo Sá/AFP)
Almeida discursará nesta segunda (27/02), em Genebra, na Suíça - (crédito: Evaristo Sá/AFP)
 

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Sílvio Almeida, discursa amanhã (27/02), às 15h (horário de Brasília), na 52ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, na Suíça. O Conselho é composto por 47 países que tem como objetivo promover e proteger os direitos humanos globalmente. Essa será a primeira participação do ministro em um evento internacional com a ideia de reposicionar o país internacionalmente no tema.

De forma inédita, a secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, que se autodeclara travesti, também irá fazer uma fala no evento. É a primeira vez que a comunidade tem uma representante brasileira neste evento.

Correio apurou que o tom que será usado pelo ministro é o de reconstrução. Em seu discurso resgatará o protagonismo que o Brasil tem no tema, assim como encabeçará o retorno da discussão sobre o próprio conceito de direitos humanos, a partir do Sul global.

A intenção de Sílvio é trazer a questão dos povos indígenas como prioridade, tratar sobre o Plano Nacional de Proteção aos Defensores e Defensoras dos Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas e sobre o trabalho escravo, que teve aumento de denúncias nos últimos anos no país.

A expectativa é de que, a partir do novo posicionamento brasileiro, se passe confiança da retomada do país para o sistema dos Direitos Humanos e de contribuição para o conselho. Com isso, espera-se a retomada dos canais de diálogo com o cenário internacional que sofreram um retrocesso no governo de Jair Bolsonaro (PL).

Na agenda, Sílvio terá reuniões bilaterais com chefes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e com a chanceler do Chile, Antonia Urrejola Noguera. Participará também do evento Perspectivas brasileiras, sobre os desafios dos direitos humanos: sustentando o multilateralismo e a cooperação internacional.

Larrat aproveitará a oportunidade, ainda, para realizar encontros bilaterais para tratar sobre questões relacionadas ao trabalho e à saúde dos LGBTQIA+. As autoridades ficarão em Genebra até a sexta-feira (03/03). 

 

fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2023/02/5076441-na-onu-ministro-buscara-reposicionamento-do-conceito-de-direitos-humanos.html


Artigos do CFEMEA

Coloque seu email em nossa lista

lia zanotta4
CLIQUE E LEIA:

Lia Zanotta

A maternidade desejada é a única possibilidade de aquietar corações e mentes. A maternidade desejada depende de circunstâncias e momentos e se dá entre possibilidades e impossibilidades. Como num mundo onde se afirmam a igualdade de direitos de gênero e raça quer-se impor a maternidade obrigatória às mulheres?

ivone gebara religiosas pelos direitos

Nesses tempos de mares conturbados não há calmaria, não há possibilidade de se esconder dos conflitos, de não cair nos abismos das acusações e divisões sobretudo frente a certos problemas que a vida insiste em nos apresentar. O diálogo, a compreensão mútua, a solidariedade real, o amor ao próximo correm o risco de se tornarem palavras vazias sobretudo na boca dos que se julgam seus representantes.

Violência contra as mulheres em dados

Cfemea Perfil Parlamentar

Direitos Sexuais e Reprodutivos

logo ulf4

Logomarca NPNM

Cfemea Perfil Parlamentar

Informe sobre o monitoramento do Congresso Nacional maio-junho 2023

legalizar aborto

...