Tainara Kellen, 26 anos, foi assassinada com pelo menos seis tiros na frente da própria filha, de 5 anos, nessa 4ª; assassino/feminicida foi preso
Metrópoles
Tainara Kellen Mesquita da Silva (foto em destaque), 26 anos, foi morta pelo ex-marido com um tiro no rosto, quatro nas costas e um nas nádegas. O suspeito pelo feminicídio é o ex-marido da vítima, Wesly Denny da Silva Melo, 29, que está foragido.
A coluna Na Mira apurou que Wesly usou uma pistola 9 mm no crime. O homem tem 11 passagens pela polícia e é Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Um amigo dele contou que o suspeito guarda em casa um rifle e quatro pistolas.
A vítima tinha 26 anos e atuava profissionalmente na área de estética, principalmente com alongamento de cílios. Ela foi morta na tarde dessa quarta-feira (10/1) em frente à filha, de 5 anos, perto do salão de beleza onde trabalhava.
O crime ocorreu na Quadra 29 do Setor Leste do Gama. Tainara teria recebido uma mensagem do suspeito e, quando saiu do estabelecimento, foi baleada.
A ocorrência – a primeira tipificada como feminicídio no DF em 2024 – será investigada pela 14ª Delegacia de Polícia (Gama).
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A mãe de Tainara esteve no local, passou mal e precisou ser levada pela irmã ao hospital. Ao Metrópoles uma vizinha contou que Tainara era uma mulher dedicada à família: “Era uma filha amorosa e uma mãe exemplar”.
Veja imagens do local do crime:
Ainda de acordo com essa vizinha, que preferiu não se identificar, Tainara e o ex viviam terminando e se reconciliando. “Ele ameaçava ela demais, era muito possessivo”, contou.
Segundo apurado pelo Metrópoles, o nome de Wesly aparece em uma lista de inscrição de uma competição promovida por um clube de tiro de Brasília, em julho de 2023.
A lista de crimes praticados por ele inclui porte ilegal de arma, ameaças, vias de fato e desacato. Há, inclusive, duas ocorrências de violência doméstica contra outras mulheres.
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Suspeito pelo feminicídio de Tainara Kellen, Wesly Denny da Silva Melo, 29 anos, foi preso em operação da PMDF e PMGO
Metrópoles
Suspeito pelo feminicídio de Tainara Kellen, Wesly Denny da Silva Melo, 29 anos, foi preso após uma operação conjunta da Polícia Militar do DF (PMDF) e de Goiás (PMGO) na tarde desta quinta-feira (11/1), em Santa Maria. O acusado, que possui registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC), executou a ex-mulher com um tiro no rosto, quatro nas costas e um nas nádegas. O crime ocorreu no Gama.
Veja o momento da prisão:
A coluna Na Mira apurou que Wesly usou uma pistola 9 mm no crime. A arma e o carro usado foram apreendidos nesta quinta-feira (11/1), no Entorno. O homem tem 11 passagens pela polícia era considerado foragido pela polícia. Um amigo do acusado contou que o ele guardava em casa um rifle e quatro pistolas.
A vítima atuava profissionalmente na área de estética, principalmente com alongamento de cílios, e foi morta na em frente da filha, de 5 anos, próximo ao salão de beleza onde trabalhava.
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Tainara teria recebido uma mensagem do suspeito, que se passou por cliente do salão e, quando saiu do estabelecimento, foi surpreendida. A ocorrência – a primeira tipificada como feminicídio no DF em 2024 – é investigada pela 14ª Delegacia de Polícia (Gama).
A mãe de Tainara esteve no local, passou mal e precisou ser levada pela irmã ao hospital. Ao Metrópoles uma vizinha contou que Tainara era uma mulher dedicada à família: “Era uma filha amorosa e uma mãe exemplar”.
Veja imagens do local do crime:
Ainda de acordo com essa vizinha, que preferiu não se identificar, Tainara e o ex viviam terminando e se reconciliando. “Ele ameaçava ela demais, era muito possessivo”, contou.
Segundo apurado pelo Metrópoles, o nome de Wesly aparece em uma lista de inscrição de uma competição promovida por um clube de tiro de Brasília, em julho de 2023.
A lista de crimes praticados por ele inclui porte ilegal de arma, ameaças, vias de fato e desacato. Há, inclusive, duas ocorrências de violência doméstica contra outras mulheres.
Assassino da ex, Wesly tem passado de violência contra mulheres e em casa
Pessoas próximas a Wesly Denny contam que os episódios de violência contra companheiras eram frequentes. Segundo pessoas próximas, o criminoso reproduzia cenas presenciadas dentro de sua própria casa com seus pais. Familiares podem ter ajudado na fuga
Pouco mais de 24 horas depois de matar a ex-mulher a tiros no Gama, Wesly Denny da Silva, 29 anos, foi preso em uma operação das Polícia Civil do Distrito Federal e as militares do DF e de Goiás. O assassino estava escondido na casa de um amigo, em Santa Maria. Ainda ontem, os investigadores da 14ª Delegacia de Polícia (Gama) apreenderam o carro e a arma usados para cometer o feminicídio. Temido até por familiares, Wesly tem um histórico violento, marcado por agressões, encarceramento, ameaças de morte e, agora, assassinato. O Correio ouviu pessoas próximas à família de Wesly, que relataram detalhes sobre o passado e a personalidade fria e calculista dele.
O primeiro feminicídio de 2024 vitimou Taynara Kellen, 26, mulher com quem Wesly conviveu por cerca de 10 anos e teve uma filha, de 5. O relacionamento do casal era conturbado, segundo amigos e familiares da jovem. Entre términos e reconciliações, Taynara enfrentava uma série de violências, desde a psicológica até a física. A jovem era constantemente agredida, mas relutava em registrar ocorrência na delegacia por medo. Dizia que o ex-sogro, pai de Wesley, um PM aposentado, o defenderia e que não resultaria em nada. "Eu pedi para ele deixá-la em paz por várias vezes. Ela queria seguir a vida dela. Era uma pessoa trabalhadora, que sempre foi fiel a ele, mas ela nunca a respeitou", contou uma pessoa, a quem a reportagem chamará de Bruna*.
Amigos da vítima afirmam que o motorista de transporte por aplicativo mantinha um relacionamento extraconjugal e, por isso, Taynara resolveu colocar um ponto final na relação. Há uma semana, o casal estava separado, mas, inconformado, Wesly quis tirar a vida da ex. Foragido, a Polícia Civil, sob a coordenação do delegado William Ricardo, da 14ª DP, fez diligências ao longo do dia de ontem em endereços ligados ao investigado. Entre eles, um rancho de propriedade do irmão de Wesly, em Corumbá 4, em Goiás.
Após a coleta de informações, os policiais descobriram o paradeiro do motorista. Wesly foi preso na casa de um amigos, na QR 317 de Santa Maria. "Compartilhamos informações com a PM de Goiás e com a PCDF sobre o suposto esconderijo do autor. A PMGO tomou conhecimento, a partir de denúncias, que ele poderia estar em Santa Maria. Diante disso, conseguimos localizá-lo e prendê-lo", destacou o tenente Pedro Henrique, da PMDF.
Histórico
Wesly nasceu e conviveu em um lar violento. Ao lado do irmão, presenciou, por diversas vezes, as agressões do pai contra a mãe, com quem ele parou de ter contato frequente. Uma pessoa próxima da família detalha o cenário. "O pai espancava a ex-mulher, ameaçava com arma todos os dias praticamente e tentou várias vezes contra a vida dela."
Num dos episódios, o ex-policial militar chegou no trabalho da ex, em um posto de saúde, e atirou contra a mulher, mas os tiros não acertaram a vítima. Foram inúmeras ocorrências registradas pela mãe de Wesly contra o ex-PM, mas na época a Lei Maria da Penha não existia e nada foi feito. Ele também respondeu por um homicídio praticado no Recanto das Emas. A suspeita era de um confronto policial, mas as investigações apontaram para um assassinato cometido pelo militar contra o esposo de uma suposta amante. Por esse crime, ele ficou cerca de um ano detido no 19º Batalhão, na Papudinha.
Wesly, por sua vez, reproduziu os comportamentos do pai com as ex-namoradas. Ainda criança, ele e o irmão foram retirados do lar da mãe e passaram a conviver com a avó paterna. Foi submetido a tratamento psicológico, mas nada impediu a formação da personalidade fria e calculista. Uma jovem com quem se relacionou, antes de Taynara, registrou ocorrência contra Wesly por violência doméstica. Além disso, ele acumula passagens por porte ilegal de arma de fogo, desacato e vias de fato.
Por seis meses, esteve detido no Complexo Penitenciário da Papuda e recebia visitas de Taynara. Semanalmente, a jovem ia ao presídio e levava comida, roupas e produtos de higiene para quem viria a ser o seu assassino. Solto, Wesly começou a trabalhar como motorista de transporte por aplicativo e tirou o registro de colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC). Em casa, ele guardava ao menos três pistolas e um fuzil.
Amigos da vítima acreditam que Wesly recebeu apoio de parentes durante o período de fuga, isso porque, um dia antes de cometer o crime, ele estava na companhia dos familiares por parte de pai. "Eles abrigaram ele, tanto é que ele estava na casa de conhecidos. Certeza que plantaram provas falsas para despistar a polícia, como, por exemplo, ir no rancho, que era um local que ele não estava", ressaltou Bruna.
Preso, Wesly responderá por homicídio qualificado pelo feminicídio e a pena pode ultrapassar os 30 anos de prisão. Ele ainda foi bloqueado pelo aplicativo de transporte de passageiros e está impedido de trabalhar pela plataforma.
SAIBA MAIS
O crime
Antes de ser morta, Taynara recebeu uma mensagem de uma suposta cliente interessada no alongamento de cílios, especialidade da vítima. Pelo WhatsApp, ela marcou o horário das 14h de ontem. No entanto, se tratava de Wesly disfarçado de cliente. No horário agendado, Wesly enviou uma mensagem para Taynara dizendo estar perdido na região e sem conseguir encontrar o endereço do salão. Ela saiu por três vezes com a filha do casal até a rua, na tentativa de localizar a cliente.
Na quarta vez, foi surpreendida a tiros pelo ex, que estava em um Argo branco. A filha de Taynara foi levada até o banheiro do salão e ficou com uma das clientes, mas teria visto o pai no local. Para a família, a criança disse: "Meu pai deu pou pou na mamãe".
Taynara será velada às 8h de hoje, em Três Marias, Minas Gerais. O sepultamento também será na cidade mineira.