O estupro teria ocorrido após o oficial sugerir que a diarista se mudasse do Gama para o Guará II, ficando mais próxima do local de trabalho
Metrópoles
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga as circunstâncias que envolvem o estupro de uma adolescente de 16 anos supostamente cometido por um capitão reformado da Polícia Militar (PMDF), no início de agosto, no Guará II. A mãe da vítima trabalhou como diarista por 11 anos na casa do oficial. Após descobrir a violência sexual, a mãe pediu demissão e requereu medidas protetivas de urgência contra o militar. O nome do autor será preservado, neste momento, para não atrapalhar as investigações.
O estupro teria ocorrido após o capitão sugerir que a diarista se mudasse do Gama para o Guará II, ficando mais perto do local de trabalho. O militar ainda teria se oferecido para ser fiador no aluguel do imóvel e orientado a diarista a não contar nada à família dele. Em 1º de agosto último, o PM reformado teria colocado a adolescente dentro do carro e praticado o estupro no banco traseiro do veículo, em uma rua escura.
Nos dias seguintes, a garota mudou de comportamento, tornando-se agressiva e se recusando a frequentar a escola e os cursos de línguas. A mudança repentina chamou a atenção da mãe, principalmente quando a diarista descobriu que o patrão estava dando presentes para a jovem sem algum motivo aparente. Questionada, a menina contou que havia sido violentada pelo policial aposentado.
Ameaças
Após abusar sexualmente da menina, o militar teria obrigado a garota a ingerir pílulas do dia seguinte e a ameaçado ao afirmar que a mãe dela seria demitida caso tomasse conhecimento do estupro. Um dia depois, o capitão suspeitou que a funcionária teria desconfiado e voltou a ameaçar a menina dizendo que “sumiria com ela” se a mãe dela descobrisse o crime.
Quando a funcionária ouviu todos os relatos da filha, ela pediu demissão e procurou a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) para registrar a ocorrência de estupro. A garota foi submetida a exames no Instituto Médico Legal (IML), e, em seguida, medidas protetivas de urgência foram requeridas.
Desafiando a ordem judicial, o militar reformado abordou a ex-funcionária, no fim do último mês, quando ela deixava uma casa lotérica. A coluna apurou que o objetivo do PM era convencer a mãe da adolescente a fazer um acordo e retirar a queixa registrada na PCDF. Em troca, o capitão reformado pagarias as prestações relacionadas ao aluguel da ex-funcionária e a ajudaria com as despesas mensais.
Assustada, a mãe da adolescente registrou nova ocorrência policial relatando a quebra da medida protetiva e requereu proteção para ela e sua filha. Ela pediu ainda para ficar em um local em que o ex-patrão não as encontrassem.