No Brasil 12% da população se identifica como LGBT+, segundo um estudo da USP e da Unesp. São quase 20 milhões de pessoas que se afirmam como lésbicas, gays, bissexuais, travestis e tantas outras identidades.
PT na Câmara
Junho é um dos meses mais bonitos do ano, porque é quando milhões de pessoas no mundo inteiro celebram seu orgulho em ser quem são. Esse é um sentimento muito bonito e muito forte. Eu me sinto honrada por poder acompanhar tantos amigos e amigas nessa caminhada. A comunidade LGBT+ é formada por pessoas diversas, com histórias de vida emocionantes e ricas, e cada uma delas merece ser celebrada. Além de celebrar, é preciso fortalecer a luta, para que seus direitos sejam assegurados, e nossas companheiras e companheiros possam desfrutar de uma vida tão completa quanto qualquer outra.
No Brasil 12% da população se identifica como LGBT+, segundo um estudo da USP e da Unesp. São quase 20 milhões de pessoas que se afirmam como lésbicas, gays, bissexuais, travestis e tantas outras identidades. São nossas amigas e amigos, nossa família, nossos professores, estudantes, policiais e representantes políticos. Mas ainda hoje, muitas dessas pessoas vivem em situações de risco, nos seus ambientes domésticos ou vivendo em sociedade. Muitas têm que esconder parte de quem são para se sentirem seguros ou aceitos. E isso porque, até hoje, a população LGBT+ é um dos principais alvos de violência. Em 2022 o Brasil foi o país com o maior número de assassinatos de pessoas LGBT+, com uma ocorrência a cada 34 horas. Isso sem contar a exclusão econômica, a falta de acesso à educação e emprego.
Por todas essas razões, o Estado e o governo são instituições essenciais para promover a inclusão desses 20 milhões de brasileiras e brasileiros na nossa sociedade. É preciso continuar investindo na criação e manutenção de políticas públicas duradouras de combate ao preconceito e à intolerância, elaborar iniciativas que abram – e mantenham abertas – as portas das escolas, das universidades e do mercado de trabalho; e também, aumentar cada vez mais a representatividade LGBT+ nos espaços de tomada de decisão.
Temos construído, nos governos do PT, um caminho frutífero de mudança, sem contar as iniciativas de universidades, da sociedade civil e de organizações não-governamentais. Durante os mandatos do presidente Lula e da presidenta Dilma foram criadas as principais ações e programas voltados à população LGBT+ do Brasil, como o Brasil sem homofobia, de 2004; o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (PNDCDH-LGBT), de 2009; o Sistema Nacional de Promoção de Direitos e Enfrentamento à Violência Contra LGBT, de 2013; e Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, de 2013.
Infelizmente essas iniciativas foram alvo do desgoverno dos últimos anos, que permitiu que a intolerância se alastrasse pelo nosso país. Agora, mais uma vez, cabe a um governo do PT, com o nosso apoio, reconstruir o Brasil. Um movimento que já começou com a criação do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, com a Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+.
O poder legislativo é uma peça importante dessa reconstrução. Enquanto representante das brasileiras e brasileiros, meu trabalho na Câmara dos Deputados é construir o futuro, junto com meus colegas e minhas colegas. E esse futuro, que construiremos juntos, será plural, diverso, cheio de orgulho e respeito. Para chegarmos é necessário o diálogo com a sociedade, para conhecer as necessidades e as ideias das nossas cidadãs e cidadãos. E é isso que faremos. Este é um convite a todo o povo brasileiro, para pensarmos juntos a inclusão, o respeito e o futuro.
Adriana Accorsi é deputada federal (PT-GO) eleita para o mandato 2023/2026.