Todas foram apontadas por seus pares como candidatas à Suprema Corte do país
A Coalizão Nacional de Mulheres é um movimento de mulheres que apoiam mulheres. Reunimos lideranças feministas progressistas de todo o país das mais diversas áreas, contemplando todos os aspectos de mulheridades. Existimos enquanto movimento, para oferecer um ambiente de fortalecimento, de encorajamento e apoio às mulheres que almejam ocupar espaços de poder e àquelas que já estão nesses espaços.
Com imensa alegria, reunimos na Coalizão seis grandes Juristas negras que estão sendo cotadas para suceder a Ministra Rosa Weber, no Supremo Tribunal Federal. Sabemos que elas não são as únicas cotadas e honramos a coragem de todas que estão colocando o seu nome à disposição.
É importante dizer que elas foram apontadas por seus pares com base no valor de sua trajetória. Mediante esse convite para servir ao país na mais Alta Corte brasileira e impulsionadas por apelos advindos da sociedade, elas vêm ganhando as páginas de diversos jornais que as reconhecem como nomes viáveis para assumir a vaga. Todas possuem um currículo de extraordinária qualidade, que reúne os méritos esperados de um Jurista que esteja à altura de ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal.
Adriana Cruz é juíza federal e, em breve, secretária geral do Conselho Nacional de Justiça. Sempre muito discreta, ela não costuma dar entrevistas para jornais ou revistas sobre a questão envolvendo a indicação de seu nome ao STF. Mesmo assim, sem esforços de sua parte, seu nome já recebeu apoios públicos muito importantes, como o do Jurista Thiago Amparo, dentre outros.
Lívia Vaz é promotora de justiça da Bahia e autora de diversas obras jurídicas. Amplamente apoiada por artistas, instituições e movimentos sociais, ela possui uma trajetória profissional que a colocou dentre as 100 pessoas negras mais influentes do mundo, segundo o MIPAD (Most Influential People of African Descent). Destacamos o apoio público do movimento Mulheres Negras Decidem.
Manuellita Hermes é procuradora federal e Coordenadora-Geral de Assuntos Internacionais e Judiciais da Consultoria Jurídica do Ministério dos Direitos Humanos. Ela conta com a reconhecida admiração de seus colegas que sempre destacam a importância do trabalho que realizou como Secretária de Altos Estudos, do Supremo Tribunal Federal, cargo que ocupava quando ocorreram os fatídicos ataques à Corte em 08 de janeiro, deste ano. É autora e tradutora de obras Jurídicas. Destacamos o apoio público da UFBA, Faculdade de Direito da Bahia.
Mônica de Melo é defensora pública e pró-reitora de Cultura e Relações Comunitárias da PUC-SP. Em sua trajetória profissional, também como professora de Direito Constitucional, ela sempre se posicionou publicamente de forma firme em prol das pautas progressistas, buscando informar e construir um debate legítimo sobre temas que tocam a evolução da sociedade brasileira. Postura esta que lhe proporcionou o apoio de diversos seguimentos. Destacamos o apoio público da AJD, Associação de Juízes pela Democracia.
Lucineia Rosa dos Santos é advogada e Conselheira da Fundação Padre Anchieta. Muito admirada por seus alunos da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo por inspirá-los a lutar por um mundo menos desigual e mais justo, ela recebeu o apoio público do corpo de alunos da instituição que iniciaram uma campanha na mídia “#OndeEstãoMeusPares?”, veiculada pelo Centro Acadêmico 22 de Agosto, da PUC/SP, gestão Alvorecer. Destacamos o apoio público recebido pelo CEERT, Centro das Relações de Trabalho e Desigualdades.
Vera Lúcia Araújo Santana é advogada e foi duas vezes indicada pelo Supremo Tribunal Federal à lista tríplice para o compor o Tribunal Superior Eleitoral. Com uma história de luta pelos Direitos Humanos, ela reuniu uma ampla rede de apoio que deposita grande confiança na indicação de seu nome para compor o Supremo Tribunal Federal. Destacamos o apoio público da ABJD, Associação de Juristas pela Democracia.
Muitas qualificações e apoios mais haveriam a ser mencionados em relação a cada uma delas, mas a finalidade deste artigo é apenas repisar o nosso apoio às brilhantes Juristas Negras que nos honram com sua participação na Coalizão Nacional de Mulheres.
No dizer da filosofia ubunto: “Eu sou porque nós somos”. Seguimos unidas pela indicação de uma Jurista Negra ao Supremo Tribunal Federal, uma luta que é coletiva.
Edição: Rodrigo Durão Coelho