Começou ontem o @fazendo_genero 13, um seminário internacional promovido pelo Instituto de Gênero da UFSC.
No último dia do FG, próxima sexta-feira (02), a vereadora Carla Ayres terá o orgulho de entregar o Título de Cidadã Honorária à Clair Castilhos, primeira vereadora mulher e feminista eleita em Florianópolis.
Confira a programação das quatro conferencistas do Fazendo Gênero 13!
As palestras acontecerão no Auditório Garapuvu (UFSC) e também serão transmitidas por meio do
Canal do YouTube do IEG DIA 29/07, ÀS 18H30
AMINA MAMA: Feminismos africanos: legados e prospectos anti-coloniais e pan-africanos
Amina Mama é nascida na Nigéria e atualmente é professora do departamento de Gênero, Sexualidade e Estudos Feministas na Universidade da Califórnia. Educadora, pesquisadora e organizadora feminista transdisciplinar. Suas pesquisas questionam o cânone ocidental, a hegemonia de produção de conhecimento do Norte e a estrutura patriarcal.
A pesquisadora combate o neocolonialismo, a militarização e a extração violenta de recursos do Sul Global e relaciona questões de gênero, subjetividade e corpos. Obras mais influentes: A luta oculta: respostas estatutárias e voluntárias do setor às mulheres negras e a violência doméstica em Londres (Runnymede Trust, 1998); Além das máscaras: raça, gênero e subjetividade (Routledge, 1995); Gerando Ciências Sociais Africanas (co-editado com Fatou Sow e Ayesha Imam, CODESRIA, 1997).
DIA 30/07, ÀS 18H30
ADRIANA GUZMÁN: De que feminismos estamos falando? Gênero, patriarcado e despolitizaçãoAdriana Arroyo Guzmán é uma mulher indígena do povo Aymara, lésbica e educadora popular conhecida por movimentos indígenas e movimentos feministas latino-americanos. Apresenta um feminismo indígena, comunitário, antipatriarcal e emancipador para toda Abya Yala - ou seja, o continente americano enquanto território plural, existente desde antes da colonização -, e difunde seus conhecimentos através da educação, rádio e livros.
Guzmán Arroyo é membra da organização Feminismo Comunitário Antipatriarcal (Bolívia), Feministas Abya Yala e Rede Constitucionalista Crítica. Além disso, é autora dos livros “Descolonizar la Memoria, Descolonizar los Feminismos”; “Un feminismo útil para la lucha de los pueblos” e “El tejido de la Rebeldía - ¿Qué es el feminismo comunitario?”. Adriana também é a co-apresentadora do programa de rádio trilíngue “Warmi Pacha Warmi Jallpa”, sobre mulheres e território.
DIA 01/08, ÀS 18H30
MESTRA JOANA: Movimento Baque Mulher: sementes que transformam vidas
Joana D'arc da Silva Cavalcante é uma artista popular pernambucana. É a única mulher, até os nossos dias, a coordenar e apitar o batuque de uma Nação de Maracatu de um baque virado, a Nação Encanto do Pina, além de liderar dois outros grupos: Baque Mulher e Mazuca de Quixaba.
Mestre Joana, mulher negra, mãe pequena do Ylê Axé de Oxum Deym e militante pela comunidade do Bode no bairro do Pina, em Recife, carrega consigo o legado de uma das nações mais conhecidas do maracatu de baque virado, a Nação de Maracatu Encanto do Pina, sendo ela mesma a mestra que rege o baque e que se responsabiliza pela manutenção dessa tradição afro pernambucana.
Foi por anos coordenadora e coreógrafa da ala dos agbês da Nação Porto Rico. Como professora de maracatu - fundamentos, batuque e dança - e de dança dos Orixás, tem viajado desde 2008 para o sul e sufoeste do Brasil divulgando seus conhecimentos e formando novos batuqueiros. Cavalcante também do Rencontre Internacionale de Maracatu/2016, em Paris, França, como professora de dança e de agbê.
Como única mestra de maracatu de baque virado, serve de inspiração a muitas mulheres, batuqueiras e/ou moradoras da comunidade, que lutam pela igualdade e empoderamento em diversos lugares e espaços. Com certeza Joana vai reger o FG13 com muito axé e cultura! Entre dança, música e ativismo, buscamos aprender sobre feminismo, ancestralidade e arte com nossa guardiã.
DIA 02/08, ÀS 18H30
DÉBORA DINIZ: ESPERANÇA FEMINISTA
Débora Diniz é conferencista, professora da Universidade de Brasília e pesquisadora da Anis. É conhecida nacional e internacionalmente por seus projetos em bioética, feminismo, direitos humanos e saúde. Dedicou sua vida à defesa dos direitos das mulheres, dos LGBTQIA+ e de outras minorias marginalizadas.
Conhecida na luta pela descriminalização do aborto no Brasil, trabalhou incansavelmente para garantir acesso igualitário a saúde reprodutiva e aos serviços de planejamento familiar para todas as pessoas, especialmente para aquelas em comunidades marginalizadas e em situações de vulnerabilidade. Publicou “Zika: do sertão nordestino à Ameaça Global”, obra que ganhou o Prêmio Jabuti de Ciências da Saúde.