Quase lá: Fim de semana agitado. Oficina de Ação Artivista com a Loucas de Pedra Lilás e intensos debates sobre os novos desafios para a Frente Parlamentar Feminista Antirracista com Participação Popular

Atividades, ocorridas no último fim de semana, incluiram debates, preparação de atividades no Congresso Nacional e oficinas de Artivismo

femiistas cfemea dialogos 25fev2023


No último final de semana, o Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea) e a Frente Parlamentar Feminista Antirracista com Participação Popular iniciaram as atividades que antecedem o “Diálogos pela Democracia: Fortalecendo a luta pelos Direitos Humanos no Congresso Nacional”, que começa nesta segunda(27) e segue até o próximo dia 2 de março, em Brasília.

Nos encontros articulados pelo Cfemea, no sábado e no domingo, a sede do Cfemea recebeu as representantes da Articulação de Mulheres  Brasileiras, da Articulação de Mulheres Negras Brasileiras,  da Articulação Nacional de Negras Jovens do Brasil, da Católicas pelo Direito de Decidir, do Comitê Latinoamericano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher, do Evangélicas pela Igualdade de Gênero, da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas, da Rede de Desenvolvimento Humano, da Rede de Mulheres Negras Evangélicas e da Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas.

feministas dialogosAs integrantes da Frente realizaram assembleia para iniciar o planejamento da nova legislatura para os próximos quatro anos, além de debater os desafios de incidência parlamentar para o período.

Para a assessora técnica e de articulação política do Cfemea, Clara Wardi, o encontro antes das atividades no Congresso Nacional foi uma oportunidade de refinar discursos e propostas.

“ Esse momento pré-Diálogos foi estratégico para encontrar as integrantes do movimento de maneira presencial e alinhar as estratégias de incidência dessa nova legislatura diante dos novos desafios e do fortalecimento da Frente. Além disso, tratamos sobre as perspectivas de ampliação das nossas pautas com as novas parlamentares que chegam ao Congresso nesta legislatura”, reforçou.

denise claraAlém desse debate, as representantes dos movimentos puderam conhecer detalhes do levantamento do Cfemea em relação ao perfil dos parlamentares eleitos no último pleito. A pesquisa que teve coordenação compartilhada entre a entidade e a doutora em ciência política e pesquisadora em gênero, mídia e política da Universidade de Brasília (UnB) Denise Mantovani, revelou o perfil conservador dos parlamentares em relação a temas relacionados a direitos sexuais e reprodutivos, violência contra a mulher, concepção de família, posicionamento sobre o cuidado, religião e posições antigênero.

O grupo de teatro “As Loucas de Pedra Lilás”, de Pernambuco, se encarregou da Oficina de Artivismo no fim de semana. Mais de dez mulheres de diferentes movimentos do DF e do Entorno ensaiaram e construíram uma performance para apresentar no “Diálogos pela Democracia: Fortalecendo a luta pelos Direitos Humanos no Congresso Nacional”. Na construção dessa intervenção também foram pensados aspectos técnicos como personagens e figurinos.

Para a assessora técnica de cuidado e autocuidado entre ativistas do Cfemea, Amara Hurtado, o artivismo é uma forma diferente de ação política.

“Utilizamos a linguagem cênica para fazer uma crítica, e ao mesmo tempo, um alerta e uma sensibilização das pautas feministas, sobretudo para essa nova legislatura. É um outro canal de sensibilização para apresentarmos as nossas pautas”, comentou Hurartivismo2.jpgtado.

Todas as atividades desenvolvidas no fim de semana antecedem o “Diálogos pela Democracia: Fortalecendo a luta pelos Direitos Humanos no Congresso Nacional”, que começa nesta segunda (27) e segue até o próximo dia 2 de março, em Brasília. O objetivo é estabelecer um diálogo constante sobre a agenda emergente para as populações mais vulneráveis da sociedade brasileira.

O ato Diálogos pela Democracia representa um esforço conjunto de organizações do campo progressista, que visam fortalecer a luta pelos direitos humanos no país. Ao abrir um canal de diálogo permanente com o Congresso Nacional, os movimentos sociais e organizações esperam contribuir para a construção de políticas públicas mais inclusivas e justas, que atendam às demandas da população e dos grupos que historicamente têm seus direitos violados.

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