Movimento elege candidaturas postuladas no Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil. É a primeira vez que o Movimento postula candidaturas coordenadas pela direção nacional do MST, acreditando que não basta só mudar os poderes executivos, mas que é preciso promover parlamentares que estejam comprometidos/as com a construção de um projeto popular para o país.
MST
Da Página do MST
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fez história neste domingo (2) ao eleger 6 candidaturas em cargos de deputados/as estaduais e federais, nos estados de Pernambuco, Ceará, Bahia, Rio de Janeiro, além de levar outras 2 candidaturas no Rio Grande do Sul.
Ao todo, o MST lançou 15 candidaturas próprias que concorreram a cargos de deputados/as estaduais e federais, em 12 estados brasileiros.
É a primeira vez que o Movimento postula candidaturas coordenadas pela direção nacional do MST, acreditando que não basta só mudar os poderes executivos, mas que é preciso promover parlamentares que estejam comprometidos/as com a construção de um projeto popular para o país. E, por isso, eleger uma bancada diversa, que represente o povo, é tão importante quanto garantir uma base de governabilidade de um possível governo Lula, que concorre às eleições neste 2º turno.
João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do MST, conta que a decisão de lançar as candidaturas partiu da necessidade de fazer frente diante da grave conjuntura em que se encontra o Brasil nestes últimos anos. “Posso dizer que foi uma eleição muito dura. Depois de um golpe, uma eleição, saímos vitoriosos politicamente, mesmo que não tivemos as vitórias eleitorais que precisávamos”, afirmou o dirigente minutos após as apurações.
“O MST sai [deste processo eleitoral] com 6 candidaturas, seis deputados estaduais eleitos e com três federais eleitos, além de um suplente e outro ainda estar esperando uma decisão judicial [para validação de elegibilidade]. Ou seja, saímos muito maior do que entramos nessa eleição.” – menciona Rodrigues.
Dessa forma, o MST segue comprometido com a luta pela Reforma Agrária Popular, com a produção de alimentos saudáveis e com a luta pela classe trabalhadora agora ocupando também espaços institucionais importantes para o fortalecimento da nossa luta.
“O grande desafio agora é reeleger o presidente Lula com uma grande participação popular na votação e eleger Haddad em São Paulo, além de candidaturas que apoiamos em outros estados [que concorrem no segundo turno para governador]”, declarou João Paulo, que também integra a coordenação da campanha de Lula à presidência.
Confira as candidaturas do MST eleitas
Rosa Amorim (PT) é eleita deputada estadual em Pernambuco
A primeira Sem Terra eleita na apuração de votos foi Rosa Amorim, eleita deputada estadual pelo PT em Pernambuco com mais de 42 mil votos. A jovem que é militante do MST desde quando criança, quando Sem Terrinha, foi o nome escolhido para representar o povo na Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Rosa nasceu no Assentamento Normandia, em Caruaru, agreste pernambucano, mas vive na capital, Recife, onde cursa Teatro pela UFPE. Neste domingo as famílias assentadas estão em festa, porque a jovem Sem Terra de 25 anos, negra e lésbica será a 1ª Sem Terra a ocupar uma das 49 cadeiras da Alepe, alcançando o feito em sua primeira candidatura e sendo também a candidata mais jovem do MST disputando as eleições.
Marina do MST é eleita deputada estadual (PT) no Rio de Janeiro
A maternidade desejada é a única possibilidade de aquietar corações e mentes. A maternidade desejada depende de circunstâncias e momentos e se dá entre possibilidades e impossibilidades. Como num mundo onde se afirmam a igualdade de direitos de gênero e raça quer-se impor a maternidade obrigatória às mulheres?
Nesses tempos de mares conturbados não há calmaria, não há possibilidade de se esconder dos conflitos, de não cair nos abismos das acusações e divisões sobretudo frente a certos problemas que a vida insiste em nos apresentar. O diálogo, a compreensão mútua, a solidariedade real, o amor ao próximo correm o risco de se tornarem palavras vazias sobretudo na boca dos que se julgam seus representantes.