Quase lá: 8M Unificadas DF e Entorno

 Venha celebrar, compartilhar e fortalecer nossa luta! Neste 8 de Março, reuniremos mulheres de todas as idades, origens e histórias para um dia de atividades, rodas de conversa, arte e construção coletiva. Traga sua voz, sua energia e suas experiências. Juntas, somos mais fortes e vamos transformar o mundo, passo a passo, em cada ato de resistência e solidariedade. Em Brasília, na Torre de TV a partir das 13h.

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Em Brasília, mulheres marcham contra racismo, machismo e fascismo neste sábado (8)

Concentração para ato começa às 13h, na Torre de TV

 
 

Manifesto do 8M Unificadas DF e Entorno afirma que sucateamento de serviços públicos do GDF compromete qualidade de vida das mulheres - Foto: Divulgação

 

Mulheres de todo o Distrito Federal (DF) e Entorno marcharão neste sábado (8), Dia Internacional de Luta das Mulheres. A concentração será na Torre de TV, a partir das 13h, com marcha saindo em sentido à Rodoviária do Plano Piloto às 15h. “Ainda estamos aqui! Pela vida de todas as mulheres, contra o machismo, o racismo e o fascismo! Sem anistia!”, é o lema da mobilização deste ano.

A programação extensa inclui uma banda de fanfarra, falas diversas de representantes e aliados da luta, rodas de conversa. Além do evento deste sábado (8), que conta com a participação de vários sindicatos, movimentos e coletivos, as atividades se estendem durante o mês de março.

As reivindicações do 8M Unificadas DF e Entorno incluem pautas como a solidariedade às mulheres que vivem em zonas de conflito; a defesa de cotas para pessoas trans e povos originários nas universidades e concursos públicos; o fim da escala 6×1; por uma política de Estado que responda às necessidades de cuidado com crianças adolescentes, pessoas idosas, pessoas com deficiência e pessoas enfermas, livrando as mulheres de mais esta sobrecarga; entre outros temas.

Em relação ao contexto do DF, o manifesto do 8M Unificadas aponta para ausências e falhas nas políticas públicas do governo distrital, que comprometem a qualidade de vida e o desenvolvimento das mulheres.

“No Distrito Federal, o governo Ibaneis/Celina sucateia serviços públicos enquanto se blinda com discursos moralistas. Mulheres negras enfrentam insegurança alimentar, mortalidade materna, feminicídio, desemprego e racismo ambiental. A Secretaria da Mulher não apresenta resultados efetivos para mulheres periféricas. Não aceitaremos retrocessos!”, afirma trecho do texto.

“A saúde pública no DF está cada vez mais privatizada, com serviços precários e escassez de profissionais. Creches e escolas enfrentam superlotação e falta de vagas sufi cientes, o que limita as possibilidades de trabalho e desenvolvimento das mulheres trabalhadoras. Seguimos denunciando o descaso com políticas essenciais e exigindo soluções imediatas para garantir dignidade às mulheres e suas famílias”, conclui o manifesto.

Significado da luta

No dia 8 de março é, anualmente, celebrado o Dia Internacional de Luta das Mulheres. A comemoração, que começou no início do século XX, se tornou um símbolo da luta feminina. Impulsionada por mulheres operárias e socialistas, a comemoração foi reconhecida oficialmente pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975. Atualmente, a data é comemorada em mais de 100 países, um evento para lembrar a luta feminina e protestar por mais direitos. 

As pautas incluem a luta pelos direitos reprodutivos, contra o feminicídio, o abuso sexual e o assédio, pela equiparação de salários, descriminalização do aborto,  igualdade e equidade racial e muito mais. Para Thaisa Magalhães, secretária das mulheres na Central Única do Trabalhador no Distrito Federal (CUT-DF), o dia continua relevante. Para ela, “a vida da mulher não se afasta do trabalho” e a igualdade de acesso aos direitos ainda é algo que requer luta. 

“A Constituição promete igualdade, mas o machismo e o racismo balizam a estrutura e as relações socioeconômicas da sociedade em que a gente vive”, afirma a secretária de mulheres da CUT-DF. 

Renata Parreira, pedagoga, especialista em História e Cultura Africana e ativista de direitos humanos, concorda com a importância da data. “O Brasil ainda tem uma questão de desigualdade de gênero muito forte, situação ainda pior com mulheres negras”, destaca 

Para a ativista integrante da Marcha das Mulheres Negras e do Coletivo Candance, o dia é um momento de união entre as mulheres e militâncias, embora existam outras datas importantes, como o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. “Cada grupo tem sua agenda, mas como mulheres temos muitas pautas em comum. Precisamos estar juntas, lutando pela igualdade e equidade, pela participação política e ocupação de espaços”.

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