Mais uma vez destacamos a reforma que o governo federal vem tentando fazer na Previdência Social. Neste último mês muitas novidades aconteceram. O projeto enviado pelo governo à Câmara, no final de agosto, já foi votado em todas as Comissões e no Plenário e seguiu para o Senado, onde deve ser votado até o fim de outubro. Essa pressa toda na tramitação está impedindo que a sociedade debata, com cuidado, aspectos decisivos contidos no projeto e que podem trazer retrocessos irremediáveis a direitos duramente conquistados pelas trabalhadoras brasileiras. Neste Fêmea situamos o que aconteceu com o projeto durante sua tramitação na Câmara e publicamos uma avaliação dos principais pontos dessa nova reforma, tal como ela está entrando no Senado.
Outro tema que marca esta edição é a questão da saúde materna, ainda um grande problema para a realidade brasileira e latino-americana. Além da análise das estatísticas sobre mortalidade materna, apresentamos iniciativas e gestões que estão em curso no Congresso e que podem trazer resultados positivos para as mulheres. Além disso, é importante entender esse tema de forma ampliada, por isso estamos também abrindo uma discussão sobre o impacto que pode ter o avanço das novas tecnologias reprodutivas sobre a saúde das mulheres que desejam ser mães. Os processos de reprodução humana assistida afetam diretamente a saúde das mulheres, pois envolvem técnicas ainda em fase experimental e que interferem diretamente no organismo feminino. O problema é que a discussão que se está fazendo no Congresso - onde tramitam três projetos sobre o assunto - ainda não se debruçou sobre este lado da questão, priorizando os aspectos jurídicos do tema e as necessidades dos profissionais de saúde.
Ainda neste Fêmea damos início a uma série de artigos e matérias especiais sobre a participação das mulheres na política. Até a próxima.