A trajetória da Universidade Livre Feminista Antirracista começou em 2007, a partir de proposta apresentada pelo Cfemea e foi sendo construída de forma coletiva e colaborativa, cujo objetivo tem sido congregar, catalisar e fomentar ações educativas, culturais, artísticas; de produção de conhecimento e compartilhamento de saberes acadêmicos, populares e ancestrais, numa perspectiva contracultural feminista, antirracista e anticapitalista. Por meio da Universidade Livre pretendemos promover a reflexão e a troca de ideias, vivências e experiências entre mulheres (cis e trans) de diferentes identidades e campos de atuação (político, artístico, cultural, acadêmico, comunitário), assim como com outros grupos e indivíduos.
Em um processo contínuo de autoformação, a Universidade Livre Feminista Antirracista busca estimular a formulação de análises e métodos que fortaleçam a ação política, individual ou coletiva, das mulheres em toda a sua diversidade, de modo que, juntas, possamos contribuir para a construção de uma sociedade justa, igualitária, não hierárquica, criativa e libertária.
Tendo se iniciado como um espaço virtual, hoje a Universidade Livre também se faz presencial e está aberta a mulheres e homens de todo o país e se lança para congregar e se desenvolver em comunhão com entidades, movimentos, coletivos e instituições universitárias em todos os países de língua portuguesa. Em nossa plataforma virtual disponibilizamos artigos, cartilhas, livros e vídeos (alguns produzidos pelas próprias participantes). Recorrendo às novas tecnologias da informação e da comunicação, também promovemos fóruns virtuais de debate e oferecemos cursos online. Tudo isso construído no marco do pensamento político feminista, das práticas, lutas políticas, e movimentação social das mulheres por um mundo melhor.
Hoje a ULFA está sendo coordenada pelo Centro Feminista de Estudos e Assessoria – Cfemea, pela Rede de Desenvolvimento Humano – REDEH, pelo Grupo de Mulheres Negra Felipa Maria Aranha/Mocampo – Pará, por pesquisadoras e intelectuais ligadas a universidades em uma articulação que está sendo construída em aliança com o processo da Humanity Summit (Portugal) que se iniciou em setembro de 2023 e seguirá até outubro de 2024 e também em articulação com outros processos feministas e educativos que se apresentarão nesse próximo período e tem o apoio do Ministério das Mulheres (Brasil).
Para se firmar como um processo de diálogo e reconhecimento mútuo entre experiências e propostas que venham de todos os países de língua portuguesa, é importante que mais e mais mulheres - dos territórios da Comunidade de Países de Língua Portuguesa - façam parte conosco desse sonho que se materiza. Queremos construir, coletivamente, uma universidade libertária e feminista, que colabore para a construção diversificada de conhecimentos e processos de contra-hegemonia e contracultura ao patriarcado, ao racismo, ao etnocentrismo, à lesbo-homofobia.
A Universidade Livre Feminista Antirracista existe para fortalecer o feminismo, suas organizações e movimentos. Para dar continuidade a esta proposta, assumimos o desafio de ampliar sua rede de construtoras, conformando-a como um projeto coletivo, articulado em rede e de amplo espectro. E é para essa construção coletiva, ousada, libertária, que convidamos você! Se você tem alguma afinidade com essa proposta, não se acanhe, visite o portal brasileiro (https://www.ufla.org.br) e entre em contato com a gente por meio dos endereços