Thais Corral
Coordenadora da Rede de Desenvolvimento Humano (Redeh)
O acesso à informação e às ferramentas da informática são hoje tão importantes que já se fala de uma nova forma de exclusão social, a exclusão digital.
É óbvio que esse tipo de exclusão tem incidência mais forte nos setores onde já existe discriminação: mulheres, negros e negras, indígenas e pessoas portadoras de deficiência. Os números no Brasil refletem essa realidade pois nem 10% da população brasileira está conectada à Internet e os provedores de serviços de rede encontram-se concentrados nos grandes centros urbanos, onde o acesso maior é de empresas, pessoas com alto nível de escolaridade. Há grandes regiões onde o acesso à Internet não existe ou é muito caro, esses vazios coincidem com as áreas mais pobres do país.
O Fust (Fundo de Universalização de Serviços de Telecomunicações) foi criado para reverter essa realidade, ou seja, prover recursos financeiros através da cobrança compulsória de 1% sobre todas as contas telefônicas e serviços de telecomunicações para universalizar o acesso à Internet. Só este ano, o Fundo recolheu cerca de 1 bilhão de reais. O Programa Sociedade da Informação, criado para implementar essa proposta de universalização do acesso, está lançando uma chamada pública convocando organizações do Terceiro Setor, bibliotecas e museus a candidatarem-se a implantar uma telecomunidade/biblioteca. Uma oportunidade única para conectarmos as organizações de mulheres à Internet gratuitamente e ampliarmos nosso trabalho comunitário e em rede. Cada organização selecionada receberá das operadoras: um computador, uma impressora, um scanner e acesso gratuito à Internet com banda no mínimo de 64K.
As condições exigidas para a candidatura são: ter uma sala que possa estar aberta ao público no mínimo 6 horas por dia e dispor nesse espaço de um conjunto no mínimo de 400 livros em papel.
A REDEH e o CEMINA, através do PAGU Informação e Documentação sobre Gênero, hoje uma OSCIP, estão investindo nesta proposta. Para mais informações, entre em contato com Sandra Infurna ou Madalena Guilhon.
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