Mulheres negras: um retrato da discriminação racial no Brasil. Este é o tema que inaugura a série Dados e Informações, produzida pela Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB). A primeira edição aborda a situação de extrema desigualdade vivida pelas afrodescendentes no país. O documento é uma contribuição para os debates preparatórios da 3a Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Conexas de Intolerância, que será promovida pelas Nações Unidas.
A publicação também apresenta elementos culturais que promovem a discriminação racial, além de denunciar a omissão do Estado e a forma desumana pela qual a economia de mercado penaliza segmentos da população, especialmente as mulheres negras (23% da população geral do Brasil).
O levantamento, realizado pela AMB, mostra que o princípio da igualdade ainda está distante da democracia brasileira. Para transformar essa realidade, é necessário uma autêntica revolução cultural. A sociedade brasileira precisa deixar a hegemonia branca e reorganizar-se de forma mais democrática e plural, para que os direitos humanos universais sejam garantidos.
De acordo com o estudo, as famílias brasileiras chefiadas por mulheres negras são mais pobres. Elas chegam a receber salários 55% menores que os das trabalhadoras brancas.
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