Quase lá: Margarida Maria Alves: 18 anos de impunidade

No dia 12 de agosto de 1983 a líder sindical Margarida Alves foi assassinada em frente à sua casa, ao lado do filho e do marido, em Alagoa Grande-PB. Até hoje, o crime continua impune, mesmo depois de terem sido designados 10 juízes e 12 promotores para acompanharem o caso.

No mês passado, o Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba adiou pela quarta vez, o julgamento de José Buarque de Gusmão Neto (Zito Buarque), acusado de ser o mandante do assassinato de Margarida Alves. Na época, Zito Buarque era administrador da Grande Usina Tanques contra a qual o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, presidido por Margarida Alves, tinha reclamações na Justiça por abusos contra trabalhadores/as canavieir@s e descumprimento da legislação trabalhista.

Depois de seis adiamentos, o julgamento de Zito Buarque está previsto para o dia 11 de junho deste ano, em João Pessoa. Por isso, durante todo o mês de maio serão realizadas atividades para dar visibilidade ao caso, com o slogan “Margarida Alves: 18 anos de Violência e Impunidade no Campo”. A Campanha também não quer deixar cair no esquecimento os dois irmãos acusados pelo crime, Amaro José do Rego e Amauri José do Rego, foragidos desde 1983.

Participam do movimento que exige o fim da impunidade: Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG); Federação dos Trabalhadores na Agricultura dos Estados da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte; CUT Nacional; CUT Paraíba; Comissão Pastoral da Terra Nacional, Nordeste e Paraíba (CPT); Movimento Nacional de Trabalhadoras Rurais (MNTR/NE); Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais (MMT/PB); Centro da Mulher 8 de Março representando a Secretaria da Marcha Mundial das Mulheres 2000 no Brasil; Cunhã - Coletivo Feminista; Fundação Margarida Alves; Conselho Estadual da Mulher da FETAG/PB; Anistia Internacional; Gabinete do deputado Avenzoar Arruda e Antônio Barbosa.


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