Este jornal, há 9 anos, se pretende um instrumento da luta das mulheres por igualdade de direitos e pela eqüidade de gênero. Desde o seu primeiro número, em 1992, o FÊMEA tem buscado estar à mão de milhares de mulheres que em diferentes grupos, movimentos sociais, núcleos de universidades, organizações não-governamentais, ou nas secretarias de mulheres dos sindicatos e dos partidos políticos, estão com as mãos na obra da democracia para construí-la não só na esfera pública, mas também no privado e no íntimo.
Informação é poder. E o CFEMEA tem como princípio empoderar as mulheres. O FÊMEA se pretende um instrumento dos movimentos de mulheres neste sentido.
Desde a sua primeira edição, o FÊMEA também foi um veículo de informação dirigido a tod@s @s parlamentares federais, para informar e dar visibilidade à luta das mulheres por seus direitos e subsidiar @s congressistas com reflexões dirigidas à ação em favor da igualdade e pela eliminação de todas as formas de discriminação contra as mulheres.
No seu décimo ano, às vésperas da sua centésima edição, neste número 98, o FÊMEA passa a ter uma tiragem triplicada, para se fazer chegar às mãos de todas as vereadoras e deputadas estaduais, prefeitas e governadoras deste enorme Brasil.
A democracia participativa é a geradora, a mãe da democracia representativa. Este jornal que tem sido informação certa e sistemática para todas que estão nos movimentos de mulheres, agora vai chegar, também, a todas aquelas que representam parcelas significativas da população deste país, nas Câmaras de Vereadores, nas Assembléias Estaduais, nas Prefeituras e nos Estados.
A qualidade da democracia que esta Nação tem sido capaz de construir também se expressa na presença e na ausência das mulheres nos espaços de poder. A participação crescente das mulheres nos poderes em nível municipal e a grande fertilidade destes espaços locais como microcosmos de exercício da cidadania e, portanto, de construção democrática nos dão a certeza de que estamos semeando em terreno fértil.