Segundo o TSE, em 2000 se candidataram às Câmaras de Vereadores 70.321 mulheres e 296.902 homens. E somente 121 fichas de candidaturas não traziam a informação sobre o sexo. A cota mínima estipulada em lei, que era de 30%, não foi atingida. As mulheres representam 19,14% das candidaturas.
Foram eleitas 7.001 mulheres para as Câmaras de Vereadores, representando 11,61% do total de eleit@s, 53.266 homens e 20 nomes sem a informação do sexo.
Para as Prefeituras Municipais se candidataram 1.139 mulheres, representando 7,59% do total e 13.873 homens, além de 20 candidaturas sem informação do sexo.
Foram eleitas 317 mulheres, representando 5,70% do total e 5.241 homens, além de um nome sem informação do sexo. Seis mulheres vão comandar prefeituras de capitais brasileiras, representando 23,08% das capitais. São elas: Kátia Born Ribeiro (PSB) Maceió/AL; Wilma Maria de Faria Meira (PSB) Natal/RN; Maria Teresa Saenz Surita Jucá (PSDB) - Boa Vista/RR; Angela Regina Heinzen Amin Helou (PPB) - Florianópolis/SC; Marta Teresa Suplicy (PT) - São Paulo/SP; e Nilmar Gavino Ruiz (PFL) - Palmas/TO.
Estes resultados podem sofrer pequenas alterações, pois o TSE ainda está julgando alguns recursos, mas, segundo o Calendário Eleitoral, dia 5 de dezembro é o último dia do prazo para os Juízes Eleitorais divulgarem os resultados e proclamarem @s eleit@s, e dia 19 de dezembro @s eleit@s serão diplomad@s.
E então?
Mesmo com as dificuldades para uma comparação pode-se afirmar a justeza da política de cotas para as candidaturas às eleições proporcionais. Pois, além desta estimular um aumento do número de mulheres participando nos processos eleitorais, coloca o tema da igualdade entre mulheres e homens nos espaços de poder, no debate político.
Durante todo o processo eleitoral este tema foi objeto de entrevistas, reportagens e matérias nos principais órgãos de imprensa. E partidos políticos e organizações de mulheres, em vários Estados, realizaram encontros e seminários para estimular e qualificar as mulheres para essa participação, sensibilizando também os candidatos homens para incorporarem em suas plataformas a questão da igualdade.
Temos esperança de que o crescimento das oposições, um dos resultados destas eleições, signifique, também, o crescimento de pessoas eleitas que tenham como preocupação a elaboração e execução de políticas públicas que incorporem uma perspectiva de gênero.
E entendemos que, mesmo não podendo afirmar um significativo crescimento do número de mulheres eleitas, os resultados alcançados nos estimulam a pensar outras políticas que repercutam, com maior eficácia, sobre os resultados eleitorais, trazendo como conseqüência um aumento expressivo de mulheres eleitas e de homens que tenham como preocupação a igualdade entre os sexos.
Seis mulheres vão comandar prefeituras de capitais brasileiras. São elas:
- Angela Amin (PPB) - Florianópolis
- Kátia Born (PSB) - Maceió
- Maria Teresa Jucá (PSDB) - Boa Vista
- Marta Suplicy (PT) - São Paulo
- Nilmar Gavino Ruiz (PFL) - Palmas
- Wilma Faria Meira (PSB) - Natal