Quase lá: Editorial

Desde 1996 o CFEMEA vem, através dos parlamentares aliados, apresentando emendas ao Orçamento da União para as Casas Abrigo e a área de saúde da mulher. Cada Comissão Técnica da Câmara tem direito a apresentar 5 emendas e normalmente elas são consideradas pelo relator do Orçamento, daí a grande luta para conseguir a aprovação de uma emenda de Comissão. Para o Orçamento de 2001 conseguimos aprovar, na Comissão de Direitos Humanos, recursos para as Casas Abrigo, mas nada para a área de saúde.

A partir de 2001, toda a equipe técnica do CFEMEA estará se capacitando para atuar com mais efetividade na área de monitoramento da execução orçamentária. Receberemos treinamento do INESC e estamos fazendo parcerias a nível estadual para acompanhar as ações locais. Atuar no acompanhamento orçamentário dos governos é nosso grande desafio, e como todo desafio, o difícil foi só começar e estamos descobrindo que nem é tão complicado assim.

Combater a violência contra a mulher, não somente no dia 25 de novembro, é bem mais complexo.Os programas governamentais são pouco eficazes na prática, mas contamos com a insistente luta do movimento de mulheres para eliminar a violência e agora também com as prefeitas eleitas que se sensibilizaram com a questão da mulher. E, falando em prefeitas, avaliamos nesta edição a contradição dos números divulgados sobre a participação das mulheres eleitas neste ano.

Finalizando, o nosso agradecimento à filósofa Sueli Carneiro, do Geledées, que nos brindou com uma brilhante entrevista sobre a relação do movimento feminista com a questão racial, principalmente no entrosamento com as mulheres negras. No Dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro)homenageamos as mulheres negras que se organizam para participar, no próximo ano, da Conferência Mundial Contra o Racismo. Até a próxima.


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