Quase lá: A velha exclusão por trás dos novos números

A Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) 2006 dá conta que as mulheres estão ganhando mais que os homens na construção civil e na extrativa mineral. No primeiro setor, a diferença entre os sexos é de 14,76% e no segundo, de 6,60% . A média divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego em janeiro de 2008 considera os salários em todas as ocupações, separando depois entre homens e mulheres. Nessas duas áreas, a força de trabalho delas está concentrada em postos de maior qualificação. Na construção, 63,62% têm escolaridade acima do nível médio e na mineração, 80,33%. Portanto, é natural que a remuneração seja maior que a dos homens. Assim, essa diferença em favor das mulheres pode ser inexistente quando comparada a renda de homens e mulheres na mesma ocupação. Além disso, os setores registram menos de 10% dos postos de trabalho ocupados por elas. Onde as mulheres são maioria, na Administração Pública (58,20%), os salários delas são 28% menores. Na média geral, as mulheres ainda recebem 16,8% menos que os homens. O trabalho doméstico não entra nesse levantamento.


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