Gravidez na adolescência pode provocar aborto espontâneo, anemia, eclampsia, diabetes gestacional, parto prematuro. Há ainda risco à saúde mental das mães
A gravidez na adolescência é um problema que tem de ser discutido por toda a sociedade. Diariamente, quase mil bebês nascem no país de mães nessa faixa etária. O número é mais do que o dobro dos registrados em países desenvolvidos. Os dados fazem parte de uma pesquisa do Hospital Moinhos de Vento, do Rio Grande do Sul.
A pesquisa do hospital gaúcho apontou que 20,4% das mães adolescentes não sabiam como evitar filhos. Isso mostra a necessidade de investir em educação sexual. Com informações, elas têm condições de evitar uma gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis.
Educação sexual é medida das mais importantes, também, no enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes. Não é ensinar meninos e meninas a fazer sexo, temos de acabar com esse tabu. É orientá-los conforme a etapa de desenvolvimento de cada um deles. Se estiverem informados, quando tocados com desconforto, em uma parte íntima, vão saber que algo está errado e conseguirão pedir socorro mais rápido.
A depender da idade, meninos e meninas vítimas de estupro não têm noção que estão sofrendo uma violência. A falta de conhecimento os deixam entregues à rotina de agressões sexuais. A situação é mais aterradora ainda porque a grande maioria dos ataques ocorre na casa das crianças, cometidos por pessoas da própria família ou por conhecidos, em quem têm confiança.
Há um sem-número de casos no país de crianças e adolescentes que, ao participarem de palestras nas escolas ou seminários sobre crimes sexuais, identificaram estarem sendo vítimas de abusos. E denunciaram, interrompendo, assim, o ciclo de violência. O conhecimento os salvou da perversidade. Educação sexual é, especialmente, para a proteção deles.
fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2024/04/6835647-artigo-educacao-sexual-sim.html