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MULHERES
& CUIDADO
Perspectivas sobre a
organização social de um
bem público essencial
Ao longo da nossa vida todas e todos
precisamos de cuidado. Para sobrevivermos
à infância, necessitamos que alguém nos
alimente, dê banho, que nos cuide quando
estamos doentes. Precisar que alguém nos
dê atenção e oriente quando entramos para
a escola. Adultos, continuamos a precisar que
alguém cuide de nós quando estamos doentes
e mesmo não precisando de maneira vital,
muitas vezes recorremos a outras pessoas
para nos ajudarem com as coisas que mais
precisamos para viver bem: cozinhar, cuidar da
casa, lavar a roupa, cuidar de crianças, manter
os espaços familiares, laborais comunitários
e públicos limpos e organizados, etc. Muitas
vezes fazemos isso por nós mesmas, por nós
mesmos, e em alguns casos providenciamos
este cuidado a outras pessoas. Na velhice,
quando já não temos a mesma força e vigor da
juventude, voltamos a precisar de um cuidado
mais próximo: voltamos a precisamos que
alguém nos alimente; de roupas lavadas e uma
casa higienizada para que possamos usufruir
de bem-estar e de boa saúde
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A maternidade desejada é a única possibilidade de aquietar corações e mentes. A maternidade desejada depende de circunstâncias e momentos e se dá entre possibilidades e impossibilidades. Como num mundo onde se afirmam a igualdade de direitos de gênero e raça quer-se impor a maternidade obrigatória às mulheres?
Nesses tempos de mares conturbados não há calmaria, não há possibilidade de se esconder dos conflitos, de não cair nos abismos das acusações e divisões sobretudo frente a certos problemas que a vida insiste em nos apresentar. O diálogo, a compreensão mútua, a solidariedade real, o amor ao próximo correm o risco de se tornarem palavras vazias sobretudo na boca dos que se julgam seus representantes.