Quase lá: Eleições gerais! Por direitos e pelas Diretas!

Eleições gerais! Por direitos e pelas Diretas!

Seguiremos nas ruas sem temer nem vacilar! Eleições Gerais! ​Por Direitos e Diretas Já!

A elite brasileira tem jogado o país em mais uma grave crise política e econômica. Uma crise que vem corroendo a economia nacional, o sistema de proteção social e de direitos humanos e explicitando a deficiência do atual sistema político – elitista, racista, patriarcal, clientelista, nepotista, conservador. Uma crise que fragiliza a autonomia política internacional brasileira aprofundando a subordinação do país aos interesses do capital transnacional financeirizado, e quebrando as possibilidades da integração regional que vinha na perspectiva de diminuir as profundas desigualdades que acompanham historicamente o Brasil e outros países do Hemisfério Sul.

No último Dia Internacional da Mulher - 8 de Março – as mulheres protestaram contra o governo da coalisão golpista liderado pela tríade PMDB-PSDB-DEM e sua base parlamentar mais ampla, consubstanciada pela bancada BBBB (boi, bala, bíblia, bancos). Foi quando as brasileiras aderiram à paralização mundial que denunciou, de um lado o ódio às mulheres e o crescimento da violência, tão “naturalizada” pelo golpe nacional de caráter misógino e racista e, de outro, a subtração de direitos, promovida mundialmente pelo capital internacional associado, como aqui, a governos conservadores e antidireitos.

Em 28 de abril uma greve geral parou o país, numa manifestação da classe trabalhadora e de movimentos sociais que abalou a “fortaleza” dos golpistas, ao mostrar a força de sua reação contra o desmonte da CLT e da Previdência Social.

Nesta semana o Brasil foi convulsionado pelas delações que desmoralizam a coalisão golpista no poder, a mesma coalisão que se instalou com a bandeira do combate à corrupção.

O que se vê hoje, no Congresso Nacional, é um contingente de parlamentares a abandonar o barco do governo que ajudaram a colocar no poder. A máscara da Lava Jato caiu, ao ver evidenciado seu papel de “protetora” de partidos golpistas. A face antinacional, desonesta e corruptora dos grandes empresários está exposta em praça pública.

Certos da queda de seu “líder”, golpistas não hesitaram em defender energicamente a Constituição para garantir eleição indireta para Presidente. Com que autoridade parlamentares evidenciadamente vendidos, que deslegitimaram a decisão popular com o golpe, querem eleger um substituto de seu ex-representante? Com que autoridade defendem a Constituição, neste ponto, se até a semana passada Governo e sua base parlamentar estavam mudando o texto da Carta Magna em benefício de sua meta usurpadora de direitos?

Exigimos a democratização do poder para todas as brasileiras e brasileiros, o que não se dará sem a Reforma Política sobre a qual temos debatido e reivindicado nos últimos anos. Não abrimos mão do exercício da soberania popular por meio do voto, nem da participação popular efetiva através de um debate profundo a respeito de propostas de futuro para o Brasil que tenham como centralidade a ampliação de espaços de representação participativa.

Neste processo, queremos barrar as contrarreformas das leis trabalhistas e da Previdência que ameaçam cidadãos e cidadãs que vivem do próprio trabalho. Ameaçam porque só favorecem o enriquecimento do grande empresariado em detrimento dos direitos humanos e do bem estar de nossa gente. Ameaçam porque institucionalizam as terceirizações, fator central da precarização da mão de obra para um contingente que é majoritariamente feminino.

É hora de avançar para derrubar todas as leis e propostas de leis deste governo ilegítimo e de defender as terras indígenas, quilombolas, os territórios pesqueiros tradicionais, a agricultura familiar, a agroecologia, a economia solidária e todas as políticas de promoção da distribuição de renda. É hora de devolver ao povo as secretarias de mulheres e igualdade racial que foram resultados das lutas sociais. É hora de defender as reservas ambientais, todas ameaçadas de venda a transacionais. É hora de manter a soberania e o controle em setores estratégicos como petróleo, água, agricultura, minérios, comunicações e internet. É hora de Impedir o acordo com os EUA para entrega da Base de Alcântara. É hora de resistir com mais força à venda do Pré-Sal e garantir os recursos para Saúde e Educação públicas. É hora de derrubar a lei de teto para Saúde e Educação! É hora de reverter o desmonte de universidades e setores de pesquisa em ciência e tecnologia.

É hora de derrubar o presidente ilegítimo, machista, racista, lesbofóbico e transfóbico e sua política privatista subordinada aos interesses mais espúrios de grandes empresas multinacionais. É hora de renovar este Congresso corrupto, em sua grande maioria, e desmoralizado para legislar sobre nossas vidas, pois não trabalha pelos interesses da população, mas sim pelos de quem financiou suas campanhas. É hora de exigir Eleições Gerais, Diretas Já!

#ForaTemer! #EleiçõesGeraisDiretasJá!

✓ PELA RETIRADA IMEDIATA DAS PROPOSTAS DE REFORMA TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA EM TRAMITAÇÃO NO CONGRESSO NACIONAL!

✓ PELO FIM DA REPRESSÃO E DA CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS!

✓ EM DEFESA DE UMA SOLUÇÃO DEMOCRÁTICA PARA A CRISE POLÍTICA!

✓ ELEIÇÕES GERAIS, DIRETAS JÁ!

Articulação de Mulheres Brasileiras

- na semana do 21 - 2 4 de maio de 2017​ -

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