Diante do quadro agravado de impasses políticos, ameaças de retrocesso e diante da crise de financiamento das organizações não governamentais o CFEMEA realizou diálogos internos e externos que conduziram a um reposicionamento estratégico. A proposta da Universidade Livre Feminista (ULF) foi o primeiro resultado.
O diagnóstico mostrou que o cenário exigia maior engajamento do que se obteve nas últimas décadas para sustentar a resistência em nome dos direitos das mulheres. Era preciso que a agenda feminista fosse apropriada e levada por novos sujeitos políticos – as mulheres ou a sociedade brasileira de modo geral, em sua explosão de indignação que precisava ser canalizada para uma nova onda de democratização.
“Nós queremos que o nosso aprendizado com ações coletivas sirva de referência e seja apropriado pelos mais diversos movimentos. Se a conjuntura demanda inovação, o CFEMEA definiu pela abertura a novos diálogos e dinâmicas, tendo a comunicação como elemento fundamental”. (Guacira Cesar de Oliveira)
A Universidade Livre Feminista foi criada em 2010, através de projeto construído pelo CFEMEA em parceria com as ONGs feministas SOS CORPO e CUNHÃ e com a colaboração de militantes de diferentes identidades e campos de atuação. Usando as novas tecnologias da informação e da comunicação a Universidade Livre é um espaço de produção de conhecimento e “formação na ação”, que estimula leituras, reflexões, trocas de ideias e de experiências libertárias e transformadoras vivenciadas pelas mulheres, lançando mão das mais diversas linguagens.
Por meio de um portal eletrônico, a Universidade Livre Feminista organiza encontros e diálogos, promove cursos online, conferências livres e as Jornadas de Formação na Ação. Através dessas Jornadas, o CFEMEA transmite sua metodologia de monitoramento das ações do Legislativo e do Executivo, para subsidiar novas iniciativas de incidência política através de frentes de luta, campanhas, comitivas ou outros mecanismos.
“As participantes da Universidade Livre Feminista são também colaboradoras que trazem para dentro deste espaço sua criação, sua militância, sua própria mobilização social enriquecendo a formação política”. (Guacira Cesar de Oliveira)
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