FRENTE NACIONAL PELO FIM DA CRIMINALIZAÇÃO DAS MULHERES E PELA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO - 2008

Dois episódios marcantes antecederam a criação desta Frente: o caso Mato Grosso do Sul e a rejeição do PL 1135/91 por duas comissões da Câmara Federal.

Nesse contexto, em outubro de 2008, foi promovido um seminário em São Paulo, seguido de uma passeata que percorreu o Centro da capital paulistana e entregou ao Poder Público um manifesto. O texto condena a criminalização alegando que esta não tem impedido a prática do aborto no País. Ao contrário, tem empurrado para a clandestinidade mulheres que fazem esta opção, em condições que colocam em risco suas vidas e sua saúde física e psíquica. O documento afirma que, via de regra, são as “mulheres pobres, negras e jovens, do campo e da periferia das cidades, as que mais sofrem com a criminalização”. Assinaram este manifesto sete redes latino-americanas e mais de 130 organizações brasileiras, lideradas pela Articulação de Mulheres Brasileiras, Católicas pelo Direito de Decidir, Marcha Mundial de Mulheres, Rede Feminista de Saúde, União Brasileira de Mulheres entre outras.

Em 28 de maio de 2015, Dia Internacional da Luta Pela Saúde da Mulher, a Frente lançou o Dossiê Criminalização das Mulheres pela Prática do Aborto no Brasil, tratando do dramático panorama brasileiro nessa questão entre 2007 e 2014.